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2012 - Livro Vermelho 2013

Tillandsia gardneri Lindl. LC

Informações da avaliação de risco de extinção


Data: 29-04-2012

Criterio:

Avaliador: Miguel d'Avila de Moraes

Revisor: Tainan Messina

Analista(s) de Dados: CNCFlora

Analista(s) SIG:

Especialista(s):


Justificativa

Espécie amplamente distribuída. Ocorre também em outros países da América do Sul.

Taxonomia atual

Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.

Nome válido: Tillandsia gardneri Lindl.;

Família: Bromeliaceae

Sinônimos:

  • > Tillandsia chapeuensis ;
  • > Tillandsia horstii ;
  • > Anoplophytum incanum ;
  • > Anoplophytum rollissonii ;
  • > Tillandsia cambuquirensis ;
  • > Tillandsia fluminensis ;
  • > Tillandsia gardneri var. cabofrioensis ;
  • > Tillandsia gardneri var. rupicola ;
  • > Tillandsia gardneri var. virescens ;
  • > Tillandsia regnellii ;
  • > Tillandsia venusta ;

Mapa de ocorrência

- Ver metodologia

Informações sobre a espécie


Notas Taxonômicas

A espécie é conhecida vulgarmente como "barba-de-velho" (Silva et al. 2010).

Dados populacionais

Carvalho et al. (2001) encontraram 138 indivíduos da espécie em 0,98 ha no Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba, Macaé, RJ (área total de 148,6 km2).Reis, Fontoura (2009) encontraram 50 grupos da espécie como epífitas em oito árvores em uma área de 1 ha na Reserva Particular do Patrimônio Natural da Serra do Teimoso. Os grupos foram definidos pelos autores como, qualquer agregado de rosetas de bromélias, fossem eles formados por uma ou por várias rosetas.Ribeiro (2009) identificou a presença de 135 indivíduos da espécie em uma área de 0,5 ha na Ilha de Marambaia, Mangaratiba, RJ. Sendo que a espécie esteve presente em 18 parcelas de um total de 50.Freita et al. (2000) encontraram 138 indivíduos da espécie em 98 parcelas de 100 m² na Restinga de Jurubatiba, Macaé, RJ.

Distribuição

No Brasil a espécie ocorre nos biomas Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica, nos Estados do Piauí, Ceará, Paraíba, Bahia, Alagoas, Sergipe, Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul (Forzza et al., 2011). Segundo Braga (2008) a espécie ocorre na Colômbia, Venezuela e Trinidad além do Brasil.

Ecologia

Segundo Versieux et al. (2010) a espécie pode ser epífita e/ou rupícola. Braga (2008) afirma que a espécie pode ser encontrada em Mata de Galeria e, principalmente, em Floresta Estacional Montana e Campos Rupestres como epífitas, entre 1 a mais de 20 metros de altura do solo, saxícolas ou rupícolas, isoladas ou aglomeradas, heliófilas ou esciófilas. A autora ainda firma que pode-se encontrar flores e frutos da espécie durante o ano todo, em áreas diferentes da RPPN. Espécie de antese diurna e ausência de odor (Braga, 2008).De acordo com Guarçoni (2008) a espécie propaga-se por brotações axilares.

Ameaças

1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Severidade very high
Detalhes Infelizmente, restam menos de 6% da Floresta Atlântica Nordestina (Conservation International do Brasil et al., 1994 apud Siqueira Filho 2003), conseqüência da conversão de florestas em áreas para o plantio da cana-de-açúcar e pasto para o gado (Coimbra-Filho; Câmara, 1996 apud Siqueira Filho, 2003). Adicionalmente, com a perda de hábitat, os remanescentes atuais são de tamanho muito reduzido (Ranta et al., 1998; Tabarelli et al., 2002 apud Siqueira Filho, 2003).

1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Incidência local
Severidade high
Detalhes De acordo com o Plano de Manejo do Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba, as atividades conflitantes são: criação de gado e plantio de côco; extração de recursos naturais; invasões e moradias; atividades de lazer não autorizadas; instalações conflitantes.

Ações de conservação

4.4.3 Management
Situação: on going
Observações: A espécie é comum no Parque Estadual do Rio Preto, Minas Gerais, Brasil (Versieux et al., 2010). - Reserva Ecológica do IBGE no centro-sul do Distrito Federal - Parque Estadual do Cerrado de Jaguariaíva - PR (Aguiar, 2010) - RPPN Luis Carlos Jurovsky Tamassia, em Ouro Branco, MG (Braga, 2008) - Formação florestal não inundável na Área de Proteção Ambiental de Massambaba, RJ (Araújo et al. 2009; Cogliatti-Carvalho et al. 2008) - Parque Estadual de Vila Velha, Município de Ponta Grossa, Paraná (Cervi et al. 2007) - Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba, Macaé, RJ (Carvalho et al. 2001; Cogliatti-Carvalho et al. 2008). - Parque Nacional da Serra dos Órgãos, Teresópolis (Dias, 2009) - RPPN Frei Caneca, Jaqueira, Pernambuco (Siqueira Filho, 2004) - Parque Ecológico Prof. João Vasconcelos Sobrinho, Caruaru, Pernambuco (Siqueira Filho; Machado 2003) - Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba - Parque Estadual Serra do Rola Moça (Guarçoni, 2008) - Reserva Particular do Patrimônio Natural da Serra do Teimoso (Reis; Fontoura, 2009) - Parque Estadual da Serra do Brigadeiro - Parque Estadual de Itapuã (Silva, 1994) - Parque Estadual da Ilha Anchieta Ubatuba/SP.(Suhogusoff, 2006).

1.2.1.3 Sub-national level
Situação: on going
Observações: Considerada "Vulnerável" (VU) (CONSEMA-RS, 2002).

Usos

Referências

- FISHER, C.F.; ARRUDA, M.B. Plano de manejo do Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba, 2005.

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- FORZZA, R. C.; COSTA, A.; SIQUEIRA FILHO, J. A. ET AL. Tillandsia in in Lista de Espécies da Flora do Brasil, Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2010/FB006361>. Acesso em: 15 de Março de 2011.

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- CONSELHO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE, RIO GRANDE DO SUL. Decreto estadual CONSEMA n. 42.099 de 31 de dezembro de 2002. Declara as espécies da flora nativa ameaçadas de extinção no estado do Rio Grande do Sul e da outras providências, Palácio Piratini, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, 31 dez. 2002, 2002.

Como citar

CNCFlora. Tillandsia gardneri in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora. Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Tillandsia gardneri>. Acesso em .


Última edição por CNCFlora em 29/04/2012 - 11:37:08